Deixamos para trás um mês de agosto diferente daqueles que estamos habituados, com menos gente nas ruas e nos comércios. Sem aqueles encontros, em que aproveitava-mos para conversar com os amigos, que entretanto voltavam à sua terra natal em tempo de férias, fossem eles emigrantes ou não...
Foi por isso um mês de agosto mais triste, sem as tradicionais festas, apesar do esforço da paróquia e das comissões de festas, que não deixaram passar a data sem as celebrar. E por isso, estão de parabéns, pois realizaram-se as celebrações e ao mesmo tempo cumpriram-se as normas de segurança, e tudo correu bem...
Mas, mesmo assim, com todos os receios e com a prudência que se impunha, e que ainda se impõe, notou-se um querer voltar à normalidade e ninguém se inibiu, por exemplo, de ir até à praia e aproveitar o bom tempo com que fomos, e estamos a ser, presenteados.
Para isso acontecer de forma segura, a Câmara Municipal de Viana do Castelo definiu corredores de sentido único para entrada e saída da praia e colocou sinalética com todas as regras a cumprir. A Junta de Freguesia providenciou a limpeza e desinfeção das instalações sanitárias de hora a hora, dependendo da intensidade da utilização. Os pontos de recolha do lixo também foram aumentados e a sua recolha mais frequente.
A época balnear, que estava previsto terminar no dia 31 de agosto, foi prolongada até ao dia 13 de setembro. Este é um sinal de que as praias não foram um problema na luta contra a pandemia, e que são lugares seguros, quando respeitadas as regras.
Não obstante todo este enquadramento, não podemos baixar a guarda. Sem alarmismos, mas com muita cautela. O número de infetados das últimas semanas tem crescido, assim como os casos ativos. No entanto, e mesmo assim as mortes diminuíram, estabilizando-se em valores baixos.
Apesar dos números temos um desafio pela frente que é o recomeço das aulas presenciais. E por isso, as medidas impostas pelo governo vão ser ainda mais apertadas. E, na minha opinião, justifica-se. A Junta de Freguesia está a preparar o transporte habitual dos alunos com todos os cuidados e com toda a segurança, aliás como não poderia deixar de ser.
Relativamente às obras que decorrem na freguesia estamos a trabalhar no sentido de resolver a questão das águas pluviais da quelha do Fijô, para começar efetivamente na colocação do pavimento.
Continuam os trabalhos de alargamento da rua dos Pedrões, agora com um corte na fachada de numa habitação, para facilitar a circulação numa curva. Na rua de Sendim também se fez um alargamento pequeno, mas muito necessário. (ver foto)
A Junta de Freguesia, com a boa vontade dos proprietários, está a abrir uma passagem pedonal para a ecovia, mesmo junto à ponte. (ver foto)
As pessoas passavam em cima de terrenos cultivados, sem qualquer respeito pela propriedade privada. O único acesso lá perto, pelo Matojal, também não foi muito bem construído pela empresa que fez a ecovia, ficando pedras soltas como pavimento de passagem pedonal... Terá de ser retificado ainda...
Relativamente à ponte do Sebastião, a Junta de Freguesia de Castelo do Neiva, elaborou e submeteu o pedido à Agência Portuguesa do Ambiente autorização para realizar a obra. Os rios estão sobre a tutela da APA, e por isso é necessária a autorização desta entidade para intervir nos seus domínios. Sei que há pessoas que acham e até comentam que a ponte já podia estar reconstruida, esquecendo-se que há regras a cumprir, trâmites a respeitar etc...
A licença foi conseguida, entretanto pedimos um orçamento a uma empresa e entregamos, o mesmo, à Câmara Municipal de Viana do Castelo e à Câmara Municipal de Esposende.
O referido orçamento e os orçamentos que a Junta de Freguesia de Antas e a Câmara Municipal de Esposende pediram, servirão para os dois Municípios prepararem toda a documentação necessária para o início da empreitada. Empreitada esta que se quer urgente, pois o bom tempo e seco está a acabar...
Decorrem ainda a construção de uma barreira de proteção dunar com geocilindros a sul da praia de bandeira azul. Depois de, no ano transato, não ter sido possível avançar com a obra devido ás condições do mar, tudo indica que brevemente a obra ficará pronta.
Esta é uma solução na qual não deposito muita esperança para a resolução do problema. Mas como não é a minha área, não farei qualquer observação técnica, fico só na expetativa, e na esperança de que esteja enganado. No entanto, é fundamental a reabilitação do único molhe que não foi recuperado. Isso sim tenho a certeza.
Da empreitada da construção dos armazéns de aprestos e do guincho não adianto mais nada, porque não houve qualquer desenvolvimento. Não obstante as solicitações semanais da Junta de Freguesia, para que nos seja entregue a chave do guincho e a autorização para colocar os barcos na área destinada a essa função, não há resposta, pelo que nos resta esperar. Espera esta que nos traz graves prejuízos para a limpeza das ruas, pois não podemos contar com o trator e com o tratorista a tempo inteiro. Por vezes é melhor não escrever muito sobre certos assuntos, porque nos desgastamos e, na mesma, não resolvemos a questão... Quando não depende de nós, parece que ficamos de mãos e pés atados...
Por estarmos condicionados com o trator, e porque a esperança de o ter em breve foi-nos colocando nesta situação, avançamos com a contratação do serviço de uma máquina retro-escavadora para limpar a rua do Reguinho aproveitando também para limpar a linha de água paralela à rua, ficando assim, a linha de água, melhor preparada para o inverno.
Eu, juntamente com os outros presidentes de junta temos estado a pugnar pela abertura das extensões de saúde. Esperamos para breve uma definição e que ela seja positiva, para que possamos ter este serviço, fundamental, a funcionar em Castelo do Neiva.
Deixo uma mensagem final de parabéns aos Párocos de Castelo do Neiva e às Comissões de Festas da Nossa Senhora dos Emigrantes e Nossa Senhora da Guadalupe, pelo esforço que fizeram em realizar as cerimónias religiosas. Tenho a esperança de que no próximo ano tudo será diferente para melhor.
O Presidente da Junta, Paulo Torres.